A demanda crescente por profissionais em análise de dados tem proporcionado um fenômeno que vem chamando muito a atenção. Quanto mais vagas disponíveis, menos profissionais de TI estão aptos para assumi-las. Mas, por que ainda assim, essas vagas não são completamente preenchidas?
Neste post, você vai conhecer mais sobre essa realidade do setor tecnológico brasileiro e entenderá de forma clara, o que realmente está acontecendo.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o Brasil representa o 10º maior mercado de tecnologia no mundo e o maior da América Latina, respondendo por 44% de toda a fatia do mercado. E de acordo com dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a área de TI deve ter demanda para cerca de 420 mil profissionais até 2024.
Dados trazidos pela própria Brasscom, no entanto, mostram que anualmente, o Brasil consegue capacitar e formar aproximadamente 46 mil especialistas das mais diversas áreas da tecnologia. O cenário se apresenta de forma desequilibrada, ao se observar que o número estimado de novas vagas abertas por ano é de 70 mil, o que representa uma disparidade clara com relação às formações de profissionais de TI.
O motivo é muito evidente, a realidade acadêmica não está acompanhando o ritmo da transformação digital. E a tendência é que essa disparidade aumente exponencialmente durante o ano de 2022, podendo chegar a 420 mil vagas abertas no país.
Com tantas possibilidades baseadas em análise de dados, já era de se imaginar que a área da tecnologia com a maior demanda, fosse a da carreira de dados, ou Data Analytics.
Segundo a pesquisa sobre recrutamento digital realizada pela HR Tech, há um crescimento de 485% na abertura de novas vagas para o setor. É válido destacar que a pandemia foi uma grande propulsora desse aumento exponencial por conta do trabalho remoto.
As áreas que se apresentam como as mais promissoras para a carreira de dados estão listadas logo abaixo. Confira quais são os 3 maiores destaques e a média de salários, segundo a pesquisa da HR Tech de recrutamento digital:
1 – Data Engineer (engenheiro de dados): É o profissional responsável por desenhar toda a estrutura de captação de dados. O engenheiro de dados irá integrar as tecnologias para extrair o máximo de dados possível dessas fontes.
Os salários iniciais são de R$8571,00 (Pleno), podendo chegar a até R$17.166,00 (Especialista/Líder).
2 – Data Analytics (analista de dados): É responsável por analisar os dados coletados, buscando entender os padrões de comportamentos de dados e oferecendo insights de melhoria para a estrutura como um todo.
A remuneração desse profissional possui piso em R$9.111,00 (Pleno) e pode chegar a até R$19.527,00 (Especialista/Líder).
3 – Data Science (cientista de dados): Esse profissional executa uma avaliação que visa prever os resultados futuros do negócio e busca elaborar soluções para atuar de forma preditiva na melhoria dos índices.
O salário inicial desse profissional é de aproximadamente R$8.571,00 (Pleno), podendo chegar a R$17.125,00 (Especialista/Líder).
A pesquisa da HR Tech apresentou também que existe um grande fluxo de alternância de áreas entre esses profissionais de TI. É possível notar que por serem alvos de busca pelas empresas, eles podem escolher onde desejam atuar.
Os principais motivos que estimulam os profissionais a mudarem de área de atuação no mercado de TI, são:
Com base nos números apresentados pela pesquisa, é possível observar que as empresas estão clamando por profissionais qualificados e que, quando os contratam, podem perdê-los a qualquer momento.
As empresas que já compreenderam os novos desafios da transformação digital, sabem que precisam agir, se quiserem manter um quadro altamente qualificado de colaboradores.
É por isso que o treinamento interno vem sendo adotado de forma mais comum. As empresas observaram que a melhor forma de contar com o suporte de profissionais qualificados é fornecer a eles o treinamento adequado.
Dentre as áreas com maior potencial de crescimento interno, observam-se a computação em nuvem, a análise de dados, a robótica e a inteligência artificial. Todos destaques nessa escassez vivenciada de profissionais qualificados.
Se as empresas atuam para alinhar a demanda de vagas com a formação de novos profissionais para o mercado, então é um dever do próprio profissional, independente de seu momento na carreira, de seguir investindo em seu aprimoramento.